É normal que mães, pais e responsáveis se questionem ou questionem os médicos de as crianças estão crescendo dentro do que é considerado normal. Uma preocupação natural e, em algumas situações, justificável. Algumas vezes, pode existir um problemas de crescimento e são muitos os fatores que podem contribuir para isso, desde a herança genética até alterações na produção hormonal.
Para avaliar o ritmo de desenvolvimento os médicos utilizam a velocidade de crescimento. Para isso é preciso ter pelo menos duas medidas de estatura e um intervalo de tempo entre elas. Nos primeiros meses de vida as medidas podem ser mensais, mas depois a cada três ou quatro meses. Nos primeiros dois anos de vida a criança cresce cerca de 25 cm, ocorrendo uma desaceleração progressiva da velocidade de crescimento, mas na puberdade ela volta a acelerar.
O acompanhamento com o Pediatra é fundamental para detectar precocemente qualquer alteração da velocidade de crescimento, e com isso permitir o diagnóstico precoce de doenças que afetam o crescimento. Quando o crescimento é menor que o esperado, o ideal é que um especialista seja consultado. Quanto mais cedo for percebido o problema, melhores serão as chances de recuperação.
O crescimento acontece até que haja a fusão ou fechamento das cartilagens de crescimento, que é uma região especial dos ossos. A época em que ocorre o término do crescimento vai depender muito da idade de início e de término da puberdade. Depois que as cartilagens dos ossos longos se fecham, não há mais possibilidade de crescer, mesmo tomando o GH.
GH
A sigla GH (Growth Hormone) se refere ao hormônio do crescimento. O GH é produzido pela glândula hipófise, situada na base do crânio, e está presente em todas as pessoas normais. É indispensável durante o período de crescimento e sem ele a estatura adulta normal não pode ser alcançada.
A deficiência de GH pode ser causada por problemas genéticos, traumas, doenças infecciosas ou inflamatórias, tumores cranianos, radioterapia, quimioterapia, entre outras. Muitas vezes não é possível identificar a causa da deficiência, mesmo realizando todos os exames disponíveis.
Adultos com deficiência de GH podem fazer a reposição do hormônio de crescimento. Nesses casos o tratamento com GH produz outros benefícios para a saúde como melhora da capacidade física, aumento da massa magra (ossos e músculos), redução da gordura corporal e melhora da qualidade de vida.
Por causa desses benefícios, algumas pessoas utilizam o GH erroneamente para tratar a obesidade, reduzir o processo de envelhecimento e melhorar o desempenho físico. A medicação é contraindicada para esses fins por não ser considerada segura. No esporte, a sua utilização é considerada ilícita e passível de punição.
Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
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