Há quase seis anos o cenário do tratamento da obesidade no Estado do Rio mudou completamente. O avanço se deu pela criação do Programa Estadual de Cirurgia Bariátrica, que possibilitou o aumento de 3.000% nas cirurgias no estado. Em 2010, por exemplo, antes da implementação do serviço, foram feitas em todo o estado apenas 16 cirurgias bariátricas. Os procedimentos são realizados no Hospital Estadual Carlos Chagas e, segundo o coordenador do programa, o médico Cid Pitombo, os números atuais são satisfatórios.
“Atualmente, fazemos 40 cirurgias bariátricas por mês, totalizando mais de 400 procedimentos ao ano. Com isso, o Programa de Cirurgia Bariátrica do Estado do Rio de Janeiro é o maior do país. Nós conseguimos mudar a vertente do tratamento do portador da obesidade mórbida, oferecendo mais saúde e qualidade de vida para os pacientes”, diz.
A cirurgia bariátrica, mais conhecida como cirurgia de redução de estômago, é realizada através de videolaparoscopia, um tipo de procedimento menos invasivo e com melhor recuperação. O fator determinante para a necessidade de cirurgia é o Índice de Massa Corporal (IMC).
“O paciente que tiver Índice de Massa Corpórea dentro do indicado, ou seja, maior que 40kg/m² ou acima de 35kg/m² quando associado a outras doenças, como hipertensão e diabetes, estão aptos para a cirurgia e serão avaliados por nutricionistas, psicólogos e médicos do programa.”, explica Pitombo.
Para se candidatar a uma cirurgia bariátrica no programa do estado, o paciente deve procurar um atendimento ambulatorial próximo de sua residência para que um médico avalie a necessidade da cirurgia. Se a operação for indicada, o médico solicita uma segunda avaliação para a Central de Regulação de Cirurgia Bariátrica do Estado, que encaminha o pedido de forma online ao Hospital Estadual Carlos Chagas. O paciente é contatado e tem uma consulta de avaliação marcada.