Praias, lagos, represas, cachoeiras e piscinas são locais muito procurados nas férias de verão por quem quer se refrescar. Mas alguns cuidados precisam ser tomados para que a diversão aconteça sem riscos de acidentes e danos à coluna vertebral. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), a lesão medular cervical por mergulho em águas rasas é a segunda maior causa no verão. Estima-se que, durante a estação, cerca de dez pessoas fiquem paraplégicas ou tetraplégicas por semana no Brasil ao mergulhar em águas rasas.
Em caso de acidente, o primeiro procedimento que deve ser realizado é retirar a pessoa da água. Uma das sequelas mais comuns neste tipo de acidente é a tetraparesia. A pessoa perde a capacidade de se mover e pode acabar se afogando. Em seguida, é preciso buscar ajuda especializada de profissionais treinados, como o Corpo de Bombeiros.
O Hospital Estadual Roberto Chabo (HERC), em Araruama, é referência no atendimento a pacientes com múltiplos traumas para nove municípios da Região dos Lagos. Segundo o médico e neurocirurgião do HERC João Thiago Frossard, antes de mergulhar, deve-se verificar a profundidade do local.
- Sem dúvida, o mergulho é uma das principais causas de lesão medular, principalmente o mergulho de cabeça em águas rasas. Esse impacto da cabeça com o fundo pode gerar uma fratura na coluna cervical na região do pescoço e, consequentemente, uma lesão na medula cervical - ressalta o médico.
Confira as principais dicas para evitar acidente:
- Não mergulhe de cabeça em locais desconhecidos;
- Não mergulhe em água turva;
- Faça o primeiro mergulho em pé;
- Evite brincar de empurrar amigos em piscinas, cachoeiras e no mar;
- Não corra para pular na piscina: as bordas podem estar escorregadias;
- Evite cambalhotas ou pular de costas na água;
- Não mergulhe após ingerir bebidas alcóolicas.