A América Latina e o Caribe continuam a ser a região com a segunda maior taxa de gravidez na adolescência do mundo, revela um relatório conjunto lançado nesta quarta-feira (28) pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).
A taxa mundial de gravidez na adolescência é estimada em 46 nascimentos por cada 1.000 meninas, enquanto as taxas de gravidez na adolescência na América Latina e no Caribe continuam sendo as segundas mais altas do mundo, estimadas em 66,5 nascimentos por cada 1.000 meninas com idade entre 15 e 19 anos. Mesmo que a fertilidade total – número de crianças por mulher – na América Latina e no Caribe tenha diminuído nos últimos 30 anos, as taxas de fertilidade de adolescentes caíram minimamente durante esse período.
Além disso, é a única região do mundo com uma tendência ascendente de gravidez entre adolescentes com menos de 15 anos, de acordo com o UNFPA. Estima-se que, a cada ano, 15% de todas as gestações na região ocorrem entre em meninas menores de 20 anos e dois milhões de crianças nascem de mães com idade entre 15 e 19 anos.
O relatório destaca recomendações para reduzir a gravidez na adolescência, que vão desde o apoio a programas multissetoriais de prevenção dirigidos aos grupos em situação de maior vulnerabilidade ao aumento do acesso a métodos contraceptivos e educação sexual, entre outros. Segundo o documento, na maioria dos países, as adolescentes sem acesso à educação ou apenas com educação primária têm quatro vezes mais chances de engravidar do que as meninas com ensino médio ou superior.