De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o número de adolescentes que iniciam a vida sexual mais cedo é cada vez maior. Considerando este fator, o ideal é que a menina tenha seu primeiro encontro com o ginecologista assim que tiver a primeira menstruação.

É de extrema importância lembrar que o direito à privacidade durante a consulta, ou seja, ser atendido sozinho em espaço privado e apropriado, é garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)1, pela Organização Mundial da Saúde (ONU) e pelo Código de Érica Médica 3. A confidencialidade dos assuntos abordados durante a consulta também apoia-se em regras da bioética médica. Essa garantia de privacidade e confidencialidade é fundamenta para ações de prevenção e favorecem a abordagem de temas como sexualidade, uso de drogas, violência e outras situações.

Para a SBP e a Febrasgo o profissional deve respeitar os valores morais, sócio-culturais e religiosos do adolescente que está sendo atendido. Portanto, é preciso que os pais compreendam esse momento e, por conseguinte, a menina pode ficar tranquila com relação ao tudo o que for conversado durante a consulta. Afinal, a confidencialidade é definida como um acordo entre o profissional de saúde e o cliente, no qual se estabelece que as informações discutidas durante e depois da consulta não podem ser passadas a seus pais e/ou responsáveis sem a permissão expressa do adolescente. Mais que isso: encontre no profissional um amigo que pode responder todas as dúvidas e orientar sobre muitos assuntos, principalmente nas questões sexuais.