Embora o vírus que causa a COVID-19 possa infectar pessoas de todas as idades, dois grupos têm maior risco de serem sofrerem as formas graves da doença: os idosos (60 anos ou mais) e as pessoas com quadros crônicos de saúde (por exemplo diabetes, hipertensão arterial, doenças do coração, pulmão e rins, doenças neurológicas, câncer, ou portadores de imunossupressão).
Quanto mais velho for o idoso contagiado maior o risco de desenvolver uma forma severa da doença e mesmo de vir a óbito. Este risco cresce exponencialmente para os idosos que apresentem doenças crônicas. Portanto as medidas de proteção destes indivíduos vulneráveis é fundamental.
De acordo com a OMS estes grupos têm que receber proteção quanto ao risco de contágio mas sem serem estigmatizados ou levados a uma condição de maior vulnerabilidade por falta do cuidado adequado. Todos devem se proteger do Coronavirus, e também devem proteger os demais através do uso das proteções e medidas cabidas em cada caso. A participação comunitária no sentido de obedecer as orientações emitidas pelas autoridades, mas também a preocupação com os demais contribui para que se possa vencer a epidemia.
De acordo com a Comissão de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), os idosos, especialmente os portadores de comorbidades, e aqueles com mais de 80 anos e portadores de síndrome de fragilidade, devem restringir os contatos sociais, evitando aglomerações ou viagens, o contato com pessoas que retornaram recentemente de viagens internacionais e contatos íntimos com crianças.
O atendimento às pessoas idosas deve ser preferencialmente em domicílio evitando-se a exposição coletiva em serviços de saúde. Os cuidadores de idosos sejam ou não familiares em caso de apresentarem sintomas da doença devem evitar o contato com os idosos.
Ainda de acordo com a SBGG, deve-se dar especial aos idosos que vivem em instituições de longa permanência (ILPIs) pois representam “grupo de alto risco para complicações pelo vírus, uma vez que tendem a ser mais frágeis. Para estes, deve-se evitar visitas para reduzir o risco de transmissão, evitar sair da instituição, evitar atividades em grupo e redobrar os cuidados com a higiene. Os profissionais de saúde que atendem a este público devem ter excesso de cuidado nas medidas de higiene.”
Na Atenção Primária se deve priorizar visitas domiciliares mais constantes, principalmente mas não só, aos pacientes idosos mais fragilizados para rastreamento e acompanhamento de possíveis novos casos, e também para transmitir os protocolos de higiene respiratória e de prevenção.
As medidas de prevenção a serem adotadas rotineiramente são:
• Higienizar as mãos frequentemente com água e sabão (ou com álcool em gel a 70%).
• Evitar aglomerações. E portanto evitar atividades grupais sejam de lazer, terapêuticas ou de outro tipo.
• Sempre que possível, manter os ambientes ventilados naturalmente (portas e/ou janelas abertas);
• Evitar contato com pessoas com sintomas de gripe (tosse, espirros, falta de ar).
• Evitar tocar os olhos, o nariz e a boca com as mãos sem lavá-las.
• Evitar apertos de mão, abraços e beijos ao cumprimentar as pessoas.
• Ao espirrar e tossir, cobrir o nariz e a boca com o cotovelo flexionado ou com lenço de papel descartável (em seguida, jogar fora o lenço e higienizar as mãos).
• Reforçar os procedimentos de higiene e desinfecção de utensílios, equipamentos e ambientes de convivência. Não partilhar utensílios que não tiverem sido higienizados.
• Receber a vacina para a influenza a partir de 23 de março e a vacina para a doença pneumocócica conforme indicação médica.
• Para ILPIs, no caso de suspeita de contaminação manter o residente em quarto privativo até elucidação diagnóstica. Caso não seja possível, manter a distância de 1 metro entre as camas;
• Para ILPIs e para Unidades de Saúde disponibilizar dispensadores com preparação alcoólica nos principais pontos de assistência e circulação;
E seguir outras instruções e diretivas que venham a ser dadas pelas autoridades sanitárias ao longo da epidemia.
Essas e outras informações estão contidas no Plano de Contingência da APS para o coronavírus no estado do Rio de Janeiro